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terça-feira, 5 de julho de 2011

Violência nas escolas (bullying)

            A violência é algo que sempre esteve presente na história da humanidade, o que muda segundo Wieviorka (2007) “(...) são suas percepções e os comportamentos em relação a ela”.

            Quando se fala em violência urbana, não se pode deixar de lado a questão da violência dentro das escolas, já que este é um assunto que vem aparecendo de forma cada vez mais significativa em nossa sociedade, entre todos os envolvidos no processo educativo.
            Uma das formas mais recorrentes é a violência entre os próprios alunos, o chamado bullying que é um termo da língua inglesa, que se refere às atitudes agressivas e repetidas contra um determinado individuo sem um motivo aparente, envolvendo intimidação, apelidos, isolamento social, agressão verbal e até mesmo agressão física entre outros.
            Segundo a Pesquisa Nacional de saúde do escolar (Pense/IBGE 2009) 30% dos estudantes brasileiros estão envolvidos de alguma forma com bullying, seja como agressores, vitimas ou espectadores.
            Geralmente quem pratica o bullying, está em busca de popularidade, já foi vitima desta prática e pretende assim esconder seus medos amedrontando os outros.  De acordo com o site Observatório da infância, os adolescentes que praticam bullying pode se tornar adultos com comportamentos anti-sociais, podendo inclusive vir a adotar atitudes criminosas 
            Já as vitimas geralmente são aqueles adolescentes menos sociáveis e ao sofrerem este tipo de agressão acabam por desenvolver problemas psicológicos como depressão, baixa auto-estima podendo em alguns casos mais extremos acarretar em suicídio.
            Outro tipo de bullying que vem aparecendo bastante entre os adolescentes é o cyberbullying, que nada mais é que o bullying praticado na internet, onde através dos diversos sites de relacionamento os adolescentes publicam textos e vídeos que difamam e humilham seus colegas.
            Um dos agravantes do Cyberbullying rapidez com que a informação ofensiva é espalhada, além disso, um maior número de pessoas tem acesso ao conteúdo, aumentando assim a humilhação da vítima.
“hoje a informação em parte, circula no mundo inteiro a velocidade instantânea e, em parte, é facilmente guardada na memória e acessível com não menos facilidade” (WIEVIORKA, 2007: 1150)

            O bullying gera situações de violência que podem se estender em toda a sociedade, uma vez que tanto o adolescente que pratica quanto o que é vitima sofrerão consequências futuras e reproduziram socialmente o que viveram na escola.
            Portanto, é preciso levar em consideração que não só a vitima dessa violência precisa de atenção, mas também o agressor, pois é a partir do conhecimento e entendimento dos motivos que o levaram a agir de forma agressiva que se possibilitará a adoção de medidas adequadas para solucionar o problema.
            E preciso que haja um olhar mais atento tanto da escola quanto da sociedade para este problema, mas sem culpabilizar os “agressores” e suas famílias, mas que se faça nas escolas trabalhos voltados para a questão do respeito próprio e para com os colegas.
            Em discussão sobre bullying em seu blog, o professor Marcos ASSI afirma que:

As consequências do assédio moral e físico sofrido por crianças e adolescentes dentro de escolas públicas e privadas – também conhecido pelo termo inglês bullying – já extrapolam os limites da educação e avançam rapidamente sobre os setores de saúde, assistência social e segurança, mas o país ainda engatinha na formulação de políticas públicas de combate ao problema.”

Por: Juliana Viana Zaquieu de Assis
Referências:

Bullying confunde áreas de saúde e educação. Disponível em <http://marcosassi.com.br/bullying-confunde-areas-de-saude-e-educacao> Acesso em: 04 de julho de 2011

Cyberbullying. Disponível em <http://www.brasilescola.com/sociologia/cyberbullying.htm> Acesso em: 04 de julho de 2011.

WIEVIORKA, M. Violência hoje. Ciênc. Saúde coletiva [online]. 2006, vol 11, suppl. , pp. 1147-1153

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