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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Calibre - Paralamas do Sucesso

♫ "Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca pára?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro (2x)" ♫


   Esta música do Paralamas do Sucesso retrata a violência vivida nas cidades, que passa a modificar os costumes dos citadinos. Deixando de frequentar certos lugares ("Aonde você nunca vai?"), de sair de casa em determinados horários ("A que horas você nunca sai?"), ou a falta de envolvimento do Estado na questão ("Não há Estado, não há mais Nação").
   O cidadão é muito penalizado com a violência urbana, pela perda de sua liberdade, com os riscos presentes no cotidiano, com a menor oferta de empregos e com a deterioração dos serviços públicos.
   A segurança deve ser considerada um direito de cidadania, pois significa liberdade (respeito ao indivíduo) e ordem (respeito às leis e ao patrimônio), que são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social. Estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimam que os custos da violência atingem 10% do PIB, algo em torno de R$ 130 bilhões. São recursos que deixam de gerar empregos na cadeia produtiva, de investimentos e consumo, favorecendo a expansão apenas dos serviços especializados de segurança.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Cai número de vítimas da violência em fevereiro no Rio, diz ISP

15/04/2011 11h23 - Atualizado em 15/04/2011 14h28

Cai número de vítimas da violência em fevereiro no Rio, diz ISP

Mais de 400 pessoas foram vítimas de crimes no segundo mês do ano.
Houve redução no número de roubos de veículos e de rua.

Caiu o número de vítimas de crimes que ocorreram em fevereiro de 2011 no estado do Rio. O relatório foi divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) nesta sexta-feira (15) e afirma que, em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve diminuição de 23,5% no número de mortos.
Em fevereiro de 2011 foram 416 vítimas, enquanto que em 2010 este número chegou a 544 no mesmo período. Essas vítimas entram no índice ‘letalidade violenta’, que representa o total de homicídios dolosos, latrocínios, autos de resistência e lesão corporal seguida de morte.
Em relação aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro houve redução de 16,4% se comparado com o mesmo período do ano anterior.
Roubo de veículo
Já o número de roubos de veículos caiu 14,1%, representando menos 245 casos. Foram 1.494 casos em 2011, contra 1.739 no mesmo período do ano passado. Em relação aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro houve redução de 17,5% , totalizando menos 966 casos em relação ao mesmo período de 2010.
Os roubos de rua também apresentaram diminuição de 637 casos, totalizando 9,8% a menos. Foram 5.852 casos em 2011 e 6.489 no mesmo período do ano passado.
Vítimas de bala perdida
Em abril, o ISP divulgou balanço das vítimas de bala perdida em 2010 no estado do Rio. Segundo o relatório divulgado, ao todo foram 139 casos, sendo que 15 foram vítimas fatais, enquanto 124 ficaram feridas. Os números registrados do ano passado são os menores em três anos.

Fonte: G1 RJ

Segundo Wieviorka, as representações do fenômeno da violência mudam e novas formas de violência surgem a cada dia. Com isso, modificam-se também as maneiras de se perceber este fenômeno. Estas mudanças são fruto das trasnformações que ocorrem na sociedade como um todo e vão ser percebidas de diferentes maneiras de acordo com fatores como cultura, classe social, segurança, política, entre outros. É importante que haja uma mobilização para tentar entender melhor o fenômeno, pois isso "(...) faz com que a violência seja cada vez mais considerada aquilo que afeta existências singulares, pessoais ou coletivas, e não apenas, como com frequência ocorre, aquilo que põe em questão a ordem social ou política, o Estado que supõe dela deter o monopólio legítimo."


terça-feira, 12 de abril de 2011

Entenda o caso do massacre em Realengo...

"Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes.
Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orienta como quer ser enterrado e deixa sua casa para associação de proteção de animais.
O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.
Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.
Na sexta (8), 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. Já no sábado pela manhã, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio."
Fonte: Site de notícias da UOL 

Mas afinal, o que leva uma pessoa a cometer tamanha atrocidade? Porque a prática da violência é algo constante na vida do cidadão? Na verdade, as causas da violência são circunstâncias de diferentes fatores.
Assim como cita Tomas Hobbes, autor da frase "O homem é lobo do Homem", ele explica a anti-sociabilidade natural do homem, que por necessidade, e somente por isso, se sujeita à vida em sociedade, mas seu instinto primitivo pode eclodir a qualquer momento pelos mais variados motivos, sejam eles motivos políticos, sociais, econômicos, religiosos, ideológicos, psicológicos, emocionais..
Muitas vezes a falta de acesso às informações, de saber o que é certo ou errado leva uma pessoa a tomar uma atitude por impulso, sem que haja qualquer tipo de reflexão, de raciocínio. O desemprego, a falta de oportunidade gerada pelo próprio sistema capitalista que só visa o lucro, acaba por deixar cidadãos de bem “sem chão”, sem saída, no desespero por não ter como colocar um prato de comida na mesa, restando apenas mendigar, roubar ou em algumas situações tomar medidas mais drásticas para fugir da realidade, como o suicídio. Enfim, o tráfico, a crise familiar, o uso de drogas, a falta de acesso à educação, a falta de oportunidade e discriminação, são alguns dos fatores que levam à violência, e mais do que nunca cabe a nós cidadãos exigir que seja tomado alguma providência para que exista a ordem pública. A fim de que possamos andar sossegados pelas ruas e dormir em paz.